Não resta dúvida, quando uma empresa fecha – ou decreta falência – poderia ser evitada com planejamento MRP (Material Requirements Planning), por exemplo.
O sistema MRP é fundamental no dia a dia das empresas, especialmente para aquelas que produzem em grande escala.
Afinal, o que é MRP?
MRP é a sigla para Manufacturing Resource Planning (Planejamento de Recursos de Produção). É também conhecido como Planejamento de Materiais.
É um software que realiza cálculos para melhorar o controle das quantidades de todos os componentes necessários para fazer os produtos de uma manufatura.
Quando o assunto é a fabricação de um produto, ou seja, sua manufatura, tudo que uma empresa precisa é de recursos:
Pessoas, materiais, equipamentos, infraestrutura, tecnologia, entre outros.
Porém, independente do que você esteja fabricando, é necessário gerenciar esses recursos da melhor forma para chegar ao melhor resultado.
O Manufacturing Resource Planning é uma ferramenta que alia a coordenação precisa dos recursos com outras de suas metas, como orçamento e tempo, de modo a ajudar seu negócio a entregar com sucesso.
O sistema em si calcula os estoques e define momentos em que é necessário comprar cada item de um produto, com base nas suas necessidades e estrutura da fábrica.
Assim, seu objetivo é manter a estrutura funcionando sem excessos ou falta de material.
Portanto, esse software ajuda a desenvolver métodos e rotinas que atuam no planejamento de uso e compra de cada material, programando também sua produção.
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Quando surgiu o MRP
O MRP surgiu por uma necessidade natural no planejamento das empresas. Quanto mais complexos se tornavam os produtos e a cadeia de produção mais trabalhoso – e passível de erros – era o planejamento.
Para antecipar os pedidos, e consequentemente a mensuração dos insumos, algumas técnicas foram sendo desenvolvidas. Tais como:
- Sistema de solicitação trimestral;
- CPM – Critical Path Method;
- ERT – Program Evaluation and Review Technique;
- PLC – Power Line Communication;
Dentre outros.
Até que no final da década de 50 e começo de 60, o avanço da tecnologia e a necessidade pela otimização do tempo – e minimização dos custos – possibilitaram o desenvolvimento de um novo sistema de controle de inventário e produção.
Com o tempo, a ferramenta se tornou mais complexa, surgiu então o MRP II (manufacturing resources planning). E por fim, o ERP, tal como conhecemos hoje.
Como funciona MRP
O sistema do MRP funciona pela lógica do backward scheduling. Ou seja, o planejamento parte do produto pronto e volta em cada etapa para estipular prazos, materiais e quantidades de cada uma delas.
Mas como isso é feito?
Através do Software MRP, no qual a empresa fornece alguns dados que geram no sistema a projeção de quantidade e alocação dos materiais.
Apesar de haver algumas variações, dependendo do ramo e da estrutura de cada empresa, alguns dados são globais. Tais como:
- Estrutura do produto: quantidade de cada componente do produto;
- Tempo de reposição: intervalo de tempo entre o pedido e o recebimento do material;
- Tempo de fabricação: tempo total da produção;
- Tamanho do lote de fabricação: quantidade ótima do item;
- Tamanho do lote de reposição: quantos de cada item é necessário, por pedido, para que a produção seja otimizada;
- Estoque mínimo: quanto do produto e material é necessário ter, no mínimo, em estoque;
- Estoque máximo: qual é o máximo de estoque para que a curva de oferta não fique acima da curva de demanda.
É importante que o gestor leve em consideração falhas e dificuldades na estrutura da empresa. Se algum mecanismo ou etapa é instável – ou suscetível a grandes variações – é interessante criar reservas nos parâmetros de tempo, ou de material para evitar imprevistos.
Ao inserir estes dados – ou parâmetros – básicos o sistema de MRP projeta quais materiais serão necessários, quanto de cada insumo será preciso e em quais etapas cada um entra na cadeia de produção.
Benefícios da implementação
A falta de planejamento e prospecção pode causar gastos desnecessários, atrasos nas entregas e dificuldade de competir com outras empresas do segmento.
Um sistema de planejamento de necessidades de materiais, portanto, pode trazer mais solidez e competitividade para a sua empresa. Mas quais são os reais benefícios de implementar o MRP?
MRP na Administração – Integrar a produção ao setor administrativo. A cadeia de produção é uma engrenagem com inúmeras peças, criar um sistema que integre cada uma delas evita os gastos desnecessários.
Reduzir falhas humanas – Todo planejamento visa antecipar imprevistos e evitar que erros aconteçam. Ou, caso ocorram, sejam solucionados o mais breve possível.
Otimização do tempo – Antes do MRP, as planilhas, contas e informações eram desenvolvidas manualmente. A informatização dessa etapa permite que todos os dados sejam armazenados e usados para cálculos e prospecções de maneira muito mais rápida.
Controle em tempo real – Como todos os dados da cadeia de produção podem ser acessados a todo momento, o gestor tem maior controle sobre cada etapa.
Esses benefícios, em conjunto, otimizam o tempo de cada gestor, minimizam a possibilidade de falhas e tornam a atividade mais profissional. O MRP, portanto, é indicado, inclusive, para as micro e pequenas empresas.
Diferenças entre MRP e MRP2
No início da década de 80, o sistema MRP (Material Requirements Planning) evoluiu para MRP2 (Manufacturing Resource Planning), um sistema de planejamento mais avançado com um escopo mais amplo. Em termos gerais, as principais diferenças entre os dois sistemas são:
Além de planejar a gestão dos materiais necessários à produção, o MRP2 integra outros departamentos da empresa, como comercial, financeiro, etc.
Enquanto o MRP trabalha com base no plano mestre de produção, o MRP2 é baseado no estudo da demanda e do mercado.
O MRP2 analisa o comportamento da empresa para executar um planejamento eficiente, enquanto o MRP o faz por meio da prática e da experiência anterior da empresa.
O MRP é um sistema aberto ao contrário do MRP2, que é fechado. Isso significa que o MRP2 consegue obter feedback dos relatórios que gera, podendo fazer o replanejamento mais alinhado à realidade.
O MRP2 é a versão modernizada do MRP. Além de responder à pergunta quanto e quando produzir, também define quais recursos, em que quantidade e em que tempo serão necessários para realizar a produção.
Diferenças entre MRP e ERP
O sistema ERP (Enterprise Resource Planning) foi usado pela primeira vez na década de 1990 e é ainda mais completo e versátil do que seus sistemas anteriores de MRP. Se há algo que o caracteriza e o torna diferente do MRP é porque tem a capacidade de centralizar no mesmo sistema todas as áreas da empresa.
Em outras palavras, MRP é um software que funciona sozinho, enquanto o ERP integra e combina os sistemas computacionais usados por cada departamento para criar um banco de dados centralizado. Desta forma, qualquer área da empresa pode acessar informações em tempo real, controlar os fluxos de trabalho, minimizar erros e se comunicar com outras áreas.
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